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Vilhena,22/12/2024

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Operação da PF combate desmatamentos e queimadas ilegais na Amazônia

Operação desmantela rede criminosa que devastou 1.672 hectares de floresta na Amazônia, com danos ambientais estimados em R$ 138 milhões.

Correio Rondoniense
Operação da PF combate desmatamentos e queimadas ilegais na Amazônia Foto: Divulgação/PF

Nesta quarta-feira, 23 de outubro, a Polícia Federal (PF) no Acre lançou a Operação Dracarys, com o objetivo de desmantelar uma rede criminosa envolvida em desmatamentos e queimadas ilegais na região sul do Amazonas, especificamente nos municípios de Boca do Acre e Pauini.

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As investigações revelaram a supressão de 1.672 hectares de floresta nativa em Gleba Pública Federal e queimadas que devastaram 2.368 hectares, gerando danos ambientais estimados em cerca de R$ 138 milhões, segundo o setor técnico-pericial da Polícia Federal.

Imagens de satélite analisadas durante o monitoramento indicam que as queimadas contribuíram significativamente para a formação de densas nuvens de fumaça, afetando a qualidade do ar em diversas regiões da Amazônia, especialmente entre setembro e outubro de 2024. Essas condições geraram sérios riscos à saúde das comunidades locais e agravaram a crise ambiental na área.

A área afetada, localizada em uma região de difícil acesso entre Boca do Acre e Pauini, foi estrategicamente escolhida para dificultar a fiscalização ambiental. Essa dificuldade de acesso facilitou a prática reiterada de crimes ambientais, como desmatamento e incêndios, longe da vigilância das autoridades, promovendo a exploração predatória e a impunidade.

A operação cumpre 10 mandados judiciais expedidos pela 7ª Vara Federal da Justiça Federal do Amazonas, que incluem prisões, buscas e apreensões, além de medidas cautelares, nos municípios de Campinas (SP), Boca do Acre (AM) e Pauini (AM).

A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados, assim como o bloqueio de contas bancárias, visando garantir a reparação dos danos causados ao meio ambiente, totalizando R$ 138 milhões.

O líder do esquema, identificado como o principal financiador das operações ilegais, reside em um condomínio de luxo em Campinas (SP). Ele e outros envolvidos estão sendo investigados por crimes como desmatamento, incêndio criminoso, impedimento da regeneração da vegetação, falsidade ideológica e associação criminosa.

A Operação Dracarys faz parte do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas, marcando um esforço significativo contra práticas criminosas que ameaçam a Amazônia Legal, bioma essencial à saúde do planeta. A operação reafirma o compromisso da Polícia Federal em proteger o patrimônio natural do Brasil e responsabilizar os criminosos que se beneficiam da devastação da Amazônia.

O nome "Dracarys", que significa "dragão de fogo" na obra "A Guerra dos Tronos", de George R. R. Martin, simboliza a determinação da operação em combater os crimes ambientais.




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